A Mostra das MINAS surgiu em 2016, e é o primeiro e único festival da Baixada Santista voltado exclusivamente ao trabalho de mulheres cis, trans, travestis e outras transidentidades femininas. A equipe é formada 100% por mulheres, e todos os filmes exibidos são dirigidos exclusivamente por mulheres.
COMO SURGIU?
A mostra surgiu com o convite ao Movimento Audiovisual da Baixada Santista para participar da semana em comemoração ao centenário da dramaturga Ivani Ribeiro, em São Vicente, com uma seleção de filmes de diretoras da região. Em março de 2016, no 1º Encontro Audiovisual Caiçara, esta seleção participou como sessão extraordinária, seguida de roda de conversa no sarau de encerramento do evento. Notou-se, então, a necessidade de ampliar o projeto e transformá-lo em uma oportunidade de exibição, discussão e formação.
AS EDIÇÕES
As primeiras edições oficiais do projeto aconteceram no formato de cine debates mensais a partir de maio de 2016. Nesse mesmo ano, surgiram as parcerias com outros festivais como o Curta Santos e o VALONGO – Festival Internacional da Imagem.
Em 2017, os cine debates oficiais foram bimestrais, intercalando o Cine Arte Posto 4, em Santos, com o projeto Cinemão, de cinema LGBTQIAPN+. Paralelamente às sessões, aconteceu também a primeira edição da Festa do Videoclipe, com videoclipes dirigidos exclusivamente por mulheres.
Em 2018, o festival aconteceu em duas edições oficiais, sendo uma delas dentro do 60º FESTA - Festival Santista de Teatro, e teve participações especiais em outros eventos, como o E.L.A. - Empoderamento, Liberdade e Arte, em Santos/SP.
A partir daí, o festival passou a ter uma edição oficial por ano. Em 2019, a edição aconteceu em abril, e contou com workshops, curtas e longas metragens, uma exposição e videoclipes. Em 2020, tivemos a exibição da edição #RESISTÊNCIA via streaming no início do ano e, em dezembro, o evento participou como convidado do festival Curta.
O RETORNO
Em 2023, após dois anos de hiato, o festival retomou suas atividades em outubro. Diferente das outras edições – em que o tema e o gênero dos filmes eram livres -, esta edição focou em trabalhos de ficção científica, terror e fantasia. A escolha temática desta edição veio com o objetivo de observar as produções especificamente ficcionais em áreas em que os números são ainda mais discrepantes no que se se refere às produções de diretores homens e diretoras. No segundo dia de evento, também houve uma sessão com videoclipes. Foram exibidos oito curta-metragens, o longa metragem Raquel 1:1, de Mariana Bastos, e onze videoclipes. O evento também contou com a masterclass Monstruosidade Feminina no Cinema de Horror, com a criadora da plataforma Mulheres no Horror Rafaela Germano.